Monday, January 29, 2007

Sari


O sari. O sari é a roupa mais democrática que conheço relativamente à beleza das mulheres. O sari fica bem a todas as mulheres, magras, gordas, altas, baixas, cuzudas e mamalhudas. Dá uma graça especial ao andar. O sari são seis metros de tecido fluído, às vezes algodão, às vezes seda, às vezes acrílico. As modas renovam-se de seis em seis meses. As solteiras não usam praticamente sari. As casadas usam saris coloridos, as viúvas usam saris de cores claras. Ficam sempre graciosas. Velhas, novas, mães, tias, avós, primas e cunhadas. De cabelo curto ou comprido; de narizes grandes ou discretos; de olhos claros ou escuros; com ou sem joanetes; com ou sem pneus; pernas curtas ou de girafa, e por aí fora.
Estender um sari ao sol é como estender um lençol com mais do dobro do comprimento de um lençol normal. E seca num instante. Tem de se ter cuidado para não bater nas janelas do vizinho de baixo, a menos que se queira dizer-lhe alguma coisa. O sari não envelhece como as mulheres que o vestem. Passam as modas e podemos, com ele, fazer capas para almofadas, colchas, estojos, e por aí fora.
O sari, por outro lado, desliza. É sensual. E por aí fora.

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