Sunday, August 31, 2008

as palavras 4'42''

Manuela de Freitas/José Mário Branco, para Camané (fado Paço d'Arcos)

São as palavras que eu digo
Meu abismo e meu abrigo
Partilha de pão e espanto
Lucidez que desatina
Chão sagrado onde germina
A semente do meu canto
São as palavras que eu digo
Meu abismo e meu abrigo
A semente do meu canto

Palavras a que eu entrego
Prazer e desassossego
Tormento e consolação
A quem pergunto e respondo
Quando me exponho e me escondo
Entre a crença e a razão
A quem pergunto e respondo
Quando me exponho e me escondo
Entre a crença e a razão

Palavras que reinvento
Meu desafio e sustento
Pedras de luz e de lodo
Companheiras do caminho
Maneiras de eu estar sozinho
Abraçando o mundo todo
Companheiras do caminho
Maneiras de eu estar sozinho
Abraçando o mundo todo

Palavras que só mereço
Se em troca do que lhes peço
Der tudo que posso dar
Se um dia as não merecer
Se um dia as não merecesse
Que as não consiga dizer
Que eu nunca mais as dissesse
E que eu deixe de cantar
E deixasse de cantar

Um dia se as não merecesse
Que as não consiga dizer
Que eu deixe de cantar

Um dia, se as não merecer
Se um dia as não merecer
Que as não consiga dizer
E que eu deixe de cantar

Friday, August 01, 2008

às vezes parece que deus tem o disco riscado!
não há quem levante a agulha e ponha o disco a andar mais à frente? uma nova música? hello?! uma música antiga? qualquer coisa que acabe com as provações parvas por que passam as pessoas que não merecem?
viva quem enlouquece nos momentos em que a loucura é útil! está vivo, provoca vida, faz nascer, e perdurar.
o meu sorriso de longe para quem um sorriso (insane) fizer sentido.